Não sei se é porque ainda me sinto espiritualmente em Paris, mas estou com a sensação de que esta temporada de moda é uma das melhores e mais agitadas dos últimos anos. Tirando a angústia com a crise americana, as passarelas estão repletas de looks incríveis – comercialmente viáveis porém com substância criativa e o glamour de sempre, que só Paris tem.
Mais uma vez, o que foi aquela coleção de Nicolas Ghesquière para a Balenciaga? O que são aquelas jaquetas furta-cor? E Hussein Chalayan? Estampas de carros batidos como metáfora dos tempos ultra velozes que vivemos. O cara é um gênio! Adorei o filme-desfile de Viktor & Rolf com Shalom Harlow como modelo. Vi as fotos no style.com porque no site deles demora um século pra carregar. A proposta ainda é nova e polêmica, mas pode ser um caminho alternativo nesse interminável crescimento das semanas de moda.
A festa de 40 anos de carreira para Sonia Rykiel também foi um ponto alto: da primeira fila às modelos, todo mundo parecia se divertir horrores. Agora, quem deve ter se divertido mesmo foi Sacha Baron Cohen com seu Bruno. Depois de invadir Milão, ele estava na segunda fila da Stella McCartney (quero toda a coleção!) impagável.
Depois da notícia chocante da saída de Alessandra Facchinetti (sério, qual será o problema dela?) da Valentino, tô torcendo pela estréia de Hannah McGibbon amanhã na Chloé. Espero que ela acerte na mão e nas vendas pois depois que a festa acabar, é a hora de prestar contas…. Lembrem-se: there’s no free lunch. Mesmo no mundo da moda.