Há pouco mais de um ano o mundo da moda lamentava o suicídio de Lee Alexander McQueen e aguardava em suspense como Sarah Burton, seu braço direito no estilo da grife, iria conduzir a marca como recém-eleita diretora criativa. Meses depois Sarah provou seu talento com os desfiles de primavera/verão 2011 e outono/inverno 2011-12 e agora com a criação do vestido de noiva da princesa Catherine (e da madrinha Pippa!), que lhe rendeu uma divulgação global.
McQueen e Sarah Jessica Parker, no Met Ball de inauguração da exposição Anglomania, em 2006
Para completar, a exposição em homenagem a McQueen começa hoje com o aguardado Met Ball – a noite mais fashion do ano e que reúne designers, modelos, editores e celebridades no museu nova-iorquino. O grupo PPR, que comprou parte da empresa em 2000, também comemora os lucros e os rumos da marca. Com o casamento, a procura por clientes não tão ligadas à moda deve crescer e uma matéria no WWD traz o depoimento de consultores e compradores das grandes lojas de departamento atestando a satisfação com a grife e apostando na sua expansão.
Fotos do editorial da Vogue americana de maio, com alguns looks da mostra
Todos concordam que a rebeldia dos primeiros anos de McQueen deu lugar a uma imagem de marca visionária e vanguardista mas ainda assim perfeitamente capaz de vestir mulheres reais, em busca de looks especiais, com modelagem e corte impecáveis. Novos licenciamentos também já são discutidos e até mesmo a retomada das fragrâncias My Queen e Kingdom (lançadas em 2003 e 2005 mas descontinuadas quando a L’oréal comprou a divisão YSL Beauté do PPR, em 2008).
O único desvio na trajetória da grife pode ser a saída de Sarah, que já declarou estar aberta a discussões com o LVMH, por exemplo, que ainda busca um substituto para John Galliano na Dior. O PPR, por sua vez, deve segurá-la com unhas e dentes, afinal, onde quer que Lee esteja, deve estar muito orgulhoso de sua pupila!