Semana de Alta-Costura em Paris

Terminou hoje, em Paris, a temporada de desfiles de alta-costura primavera/verão 2009, onde os destaques da programação são os grandes nomes que marcaram a história da moda: Chanel, Jean-Paul Gaultier, Dior e Lacroix entre outros.

Karl Lagerfeld elegeu o branco para a Chanel. Num desfile de muito branco onde o preto apareceu no final, as modelos levavam arranjos esculturais na cabeça e vestiam peças com inspiração sessentista, em cortes de linha A e geometrias típicas da década.

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Armani Privé trouxe ares orientais para sua coleção de ombros esculpidos e com referências aos anos 30, invocando certo glamour contra todas as expectativas em tempos de crise. Vermelho, roxo, azul e amarelo coloriram a passarela, cheia de looks que devemos ver em breve em tapetes vermelhos.

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As referências de John Galliano para a Christian Dior são os pintores flamingos e o mito que dá nome à marca, Monsieur Dior. A pergunta que não quer calar é respondida categoricamente por Galliano: a crise é financeira, não de criatividade. É claro que os estilistas estão mais cautelosos, mas o criador da casa Dior não mede esforços para trazer sonho às mulheres. Os exageros de cinturas marcadas estão lá, juntos às cores que remetem a Vermeer e outros mestres da pintura.

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Christian Lacroix apresentou sua coleção numa passarela acarpetada em peças pinceladas de belle époque e militarismos, em tons de laranja, azul, preto, branco e alguns looks ultra-coloridos. Flores adornaram vestidos e a estampa de bolas trouxe descontração a alguns looks.

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Na Givenchy, Riccardo Tisci apresentou sua coleção numa passarela coberta por pétalas de rosas. A coleção de tons suaves (e desfecho preto) tinha ares românticos e góticos em looks de camadas e mini-saias.

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Anne Valérie Hash focou sua coleção no que seus clientes realmente querem: smokings e vestidos de casamento. Num desfile de apenas 10 looks, a estilista se firma no seleto mundo da couture francesa.

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Com 48 looks, Elie Saab apresentou sua coleção com vestidos que certamente veremos no tapete vermelho. Com uma paleta de tons suaves e pastelados, os longos enfeitados por cristais estão mais discretos e sóbrios. O palpite é que a crise tem mesmo acalmado os ânimos…

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Alessandra Fachinetti teve a difícil missão de substituir Valentino, o mestre que se despediu das passarelas há pouco. A estilista apostou em modelagens e detalhes típicos de Valentino, como os vestidos de ombro-só e os chifons delicados.

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Muita alfaiataria e ombros marcados no desfile de Jean Paul Gaultier, e alguns looks compostos por corsets, marca registrada do enfant terrible. Inès de la Fressange, que foi modelo nos anos 80, fazia parte do casting. Destaque para os trabalhos de macramés e bordados.

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Por Julia Wahmann

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