Por Mirela Lacerda
Neste quinto dia de desfiles, nada muito emocionante. A Marni iniciou o dia com seu sport-chic, cheio de sobreposições e um mix único de cores. Gosto muito da marca, mas esse desfile em especial teve um clima de déja vu forte, sem nada realmente novo, sabe?
A Gucci, por outro lado, consegue variar bem as coleções sem perder a (nova) identidade trazida por Frida Giannini. A mulher sexy da marca agora misturou boemia dos anos 70, rock’n roll e indumentária russa. E, realmente, as russas vão adorar essa coleção, assim como as brasileiras e todas as habitantes dos chamados mercados emergentes que adoram ostentar muitas informações ao mesmo tempo. A nova it bag será a “Babuschka” e legal mesmo será usar muitas pulseiras, relógios, anéis e colares, além das correntes e faixas amarradas nas calças e saias (de cintura baixa). A estampa tipo tapeçaria era bem interessante. No fim das contas, mesmo fazendo algo fora da tendência (os sinais apontam para um temporada austera e mais minimalista), a Gucci se destaca pelo diálogo perfeito com seu público-alvo. Ponto para ela.
Roberto Cavalli nunca deve ter ido num típico baile de formatura americano. Mas, claro, isso não o impediu de recriar debutantes na passarela, com direto a muitos “prom-dresses” e até coroa na cabeça. Os vestidos bordados de saia rodada eram até bonitos, mas tinham mais cara de verão do que de inverno (a não ser também que ele esteja mais de olho no Brasil do que na Europa…).
A coleção do Alessandro Dell’Acqua foi bem confusa. Os looks começaram com casacos, calças e blusas em bege e laranja, depois apareceram vestidos de mangas fofas em verde, azul e vermelho, além de algumas peças corseletadas feitas de tafetá. Nada muito significativo.