Um patchwork de referências artísticas foi o ponto de partida de Raf Simons para este outono/inverno da Dior. O estilista segue firme e forte em sua intenção de criar uma nova linguagem para a grife, observada nas peças que parecem ser uma evolução do que ele já apresentou em coleções passadas (assimetrias, alfaiataria com toques femininos, cores neutras com inserções de vibrantes, tecidos com brilho).
O desfile começou com as tais referências artísticas vindo da própria maison, vide as ilustrações vintage de sapatos e modelos da Dior aplicadas nos vestidos e até na bolsa (it bag à vista!). Junto com isso, tailleurs desconstruídos e terninhos de calças pantalona, quase todos em preto ou preto & branco.
O patchwork ficou por conta de releituras de padronagens clássicas como pied-de-poule, inseridas alternadas aos tecidos lisos. Bons momentos também nos tricôs p&b criando formas geométricas e nos vestidos tomara que caia de silhueta anos 50 e corte minimalista, feitos de couro.
No fim, formas arquitetônicas e assimétricas apareceram em looks de tecidos transparentes, com bordados de flores, uma contraposição às peças de alfaiataria modernistas, impecavelmente modeladas. Destaque também para os sapatos de saltos geométricos e para a maquiagem que sempre surpreende!
Com esse desfile, Raf Simons prova que sua visão concisa e coerente sobre a Dior está colocando a grife novamente no topo da pirâmide fashion, um lugar de onde ela nunca deveria sair…