Chanel
No inicio do penúltimo dia da temporada, Karl Lagerfeld transformou o Grand Palais num cenário apocalíptico, um verdadeiro jardim de cinzas. Será que o fim do mundo está próximo pro estilista da Chanel? Bem, pelo sim, pelo não, os tweeds e couros dominaram a coleção, quase toda em tons de preto e cinza, com pequenos toques de vermelho e verde. Com calças largas de barras viradas usadas com uma sobreposição (na verdade peça única) de cardigã e blazer ou tailleurs sobre calças skinny, as formas no geral não eram muito favoráveis. Melhores foram os tubinhos em A do final, que quebraram a excessiva androginia das outras peças.
Valentino
Na Valentino, Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli aos poucos vão imprimindo uma nova identidade à grife. Mantendo a consistência das últimas temporadas, estavam lá as mini saias, os tecidos transparentes, as rendas, os laços e as aplicações de flores em tailleurs, vestidos plissados e longos de seda no final. Na cartela, nudes e tons pastel de verde e rosa, além de marrom e vinho.
McQueen
De onde Alexander McQueen estiver, deve estar feliz de saber que sua grife está nas maravilhosas mãos de Sarah Burton. Em sua segunda coleção à frente da marca, a estilista emocionou com todos os elementos que tornaram as roupas do ex-chefe um sucesso. O tema do desfile, “A rainha de gelo e sua corte”, era bem ao estilo McQueen, imediatamente nos fazendo pensar em uma história dramática. Mas vamos às roupas: tailleurs com aplicações de peles e zíperes abriram o show, seguidos de looks ligeiramente sado-masoquistas com tiras de couro, até finalmente aparecerem os longos cheios de detalhes e volume, com bordados, plumas e micro babadinhos, dignos de uma rainha (será que a futura rainha da Inglaterra vai usar algo semelhante no dia 29 de abril?).