O mistério chegou ao fim. Agora todo mundo já sabe como é ter Hedi Slimane como diretor criativo da Saint Laurent. Num desfile com altíssimas expectativas, é normal que nem tudo seja tão perfeito como imaginamos e apesar das roupas terem grande apelo comercial, com a profusão de calças skinny, jaquetas de couro, vestidos longos boho, chapéus de abas largas e muitas transparências, o resultado final não foi tão empolgante.
Talvez pelo show ter sido excessivamente longo (68 looks)e as formas das peças muito repetidas , talvez porque faltou aquele olhar chique e sensualmente romântico de Yves. Mesmo com muitos ícones relidos (saharienne, smoking, laços, ciganas…) e apesar dos elogios públicos de Pierre Bergé sobre como Hedi entende a alma da marca foi difícil enxergá-la ali!
Pode ser que Slimane tenha sido irônico e esteja só fazendo um “esquenta” para as mudanças que vem por aí – que já começaram com a logomarca e o visual das lojas – mas sem querer comparar, já comparando, sua estreia na Saint Laurent não teve o mesmo impacto e encantamento que a de Raf Simons na Dior. Para quem leva o crédito de ter revolucionado a moda masculina, o resultado poderia ter sido melhor…