Maria Grazia Chiuri na Dior. Até Quando?


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Até alguns anos atrás, sabia de cor os nomes dos estilistas das principais marcas de luxo e até das menos “mainstream”. Adorava ver as fotos dos desfiles, conhecer pelo menos um pouco das suas trajetórias profissionais e a evolução do trabalho entre as coleções. Hoje em dia, confesso que já não me interesso tanto, até porque é bem difícil citar nomes sem pelo menos uma rápida consulta ao Google, já que o troca-troca é tão intenso quanto as mudanças de roupas das estrelas do street style durante as semanas de moda.

Então, antes mesmo de me animar com o anúncio oficial da Maria Grazia Chiuri na Dior, fico pensando quanto tempo ela vai durar lá. Se passar de 2 anos já está no lucro e se chegar aos 5, nossa, é tipo bodas de prata! Mais do que isso já praticamente um contrato vitalício para os padrões atuais. O mesmo vale para Anthony Vaccarello na Saint Laurent (ou será que Yves Saint Laurent de novo?) e Demna Gvasalia na Balenciaga e quem mais eu estiver esquecendo e que foi apontado recentemente – Raf Simons não está oficialmente na Calvin Klein ainda…

Tenho certeza que Maria Grazia vai fazer um belo trabalho no feminino e nos acessórios, combinando os códigos da Dior com seu estilo romântico e cheio de referências históricas e artísticas – algo que tanto John Galliano e Raf fizeram tão bem, porém agora teremos uma visão de uma mulher, o que pode trazer propostas mais práticas no fim das contas. Vamos ver…

No meio desse troca-troca todo, o que incomoda é a diluição da imagem da marca e um certo sentimento de inconsistência que não é legal no mercado de luxo. A moda é fugaz e cada vez mais descartável, mas a identidade não. Quando ela se enfraquece, o consumidor percebe, fica confuso e perde a confiança. Às vezes, a mudança é positiva, como no caso de Alessandro Michelle na Gucci. Porém, a breve passagem de Alexander Wang na Balenciaga contribuiu para a falta de impacto nas coleções. O próprio Nicholas Ghesquière ainda não produziu as comoções que Marc Jacobs sabia fazer na Louis Vuitton. Será que Bouchra Jarrar, na Lanvin, e Vaccarello, na Saint Laurent, vão criar um legado, assim como seus antecessores (Alber Elbaz e Hedi Slimane/Stefano Pilati)? Alguém deve estar de fora da lista, mas já deu pra entender meu raciocínio, ne? Nesses tempos de Snapchat, garantir que a identidade da marca vai ser entendida como um filme é cada vez mais desafiador….

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